As origens do Império Mali são poucas conhecidas, segundo a tradição oral transmitida, diferentes etnias viviam naquela região. A estrutura social baseava-se em uma grande família que dispunha de um campo comunitário. Logo um dos herdeiros sosso tomou o título de mansa, isto é, imperador. Paralelo a esse processo de integração por parte dos sosso acontecia a conversão ao islamismo.
Com o filho de Sandjata, Mansa Ulé e sucessores, até Mansa Mussa, o reino de Mali passou a ser conhecido no mundo ocidental, Mansa Mussa realizou uma peregrinação a Meca, passando pelo Egito e com a intenção de maravilhar os soberanos árabes. Essa peregrinação fez o Império Mali ser o mais conhecido por todo mundo.
Os sucessores de Mansa Mussa tiveram dificuldades de manter um território tão vasto, pois no Reino Mali alguns lugares foram saqueados, ocorreram sucessivos assassinatos palacianos que enfraqueceram o império, com isso lentamente a hegemonia passava para o reino de Gao.
Um dos segredos do Império de Mali foi a flexibilidade de seu sistema político, única lógica possível em uma estrutura sem burocracia, além da tolerância religiosa. Povos tão variados como os tuaregues, os songais, os malinqués e os peules, reconheceram, durante mais de cem anos, a soberania do imperador de Mali.
Sani Santos Souza
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