O Império Songai

Sua estória começa com o mito do feiticeiro Faran Makan Boté. Segundo a lenda ele nasceu de um pai sorko e uma “mãe-fada ligada aos espíritos das águas”. O império se afirmou definitivamente com Sonni Ali (1464-1493). Também conhecido como Ali Ber (o Grande) e também Dali (o Altíssimo). Este conquistou a cidade de Tumbuctu (1468), onde realizou um massacre, os muçulmanos os descreve como um tirano sanguinário.
As cidades do império eram bastante populosas, e parece que suas gentes se orgulhavam disso. O ouro e o sal serviam de moeda corrente em Songai, mas a principal moeda eram os cauris, conchas de moluscos utilizadas como moeda de troca até meados do século XIX.
As casas são choupanas feitas de pau-a-pique de argila, cobertas com telhados de palha. As mulheres da cidade mantêm o costume de vendar seus rostos.  Há muitos poços que contêm água doce. Quando o rei vai de uma cidade a outra com as gentes de sua corte, monta um camelo e os cavalos são conduzidos manualmente por servos. O rei tem aproximadamente 3.000 cavaleiros e uma infinidade de soldados de infantaria.
A educação era muito incentivada, muitos professores e uma antiga tradição de centros de estudos. Desse celeiro de estudiosos de Songai, o mais ilustre sem dúvida foi Ahmed Baba, teria escrito cerca de setecentas obras.
Até o século XVI, o Império de Songai, como o restante da África negra, conheceu um grande desenvolvimento e expansão. A Europa passou a conhecer a África e utilizá-la para seus fins igualmente expansionistas. “É o começo de uma aventura sombria”, afirma Ki-Zerbo.

Thiago Silva Santos



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